Seu olhar se perdia ao longe, o horizonte nublado que ela via por além da estrada. Os pensamentos tão longínquos como o olhar. Confusão de sentimentos, sensações, coisas a fazer... Tudo aquilo vinha transformando a pacata vida de Elizabeth um inferno. Ela não se sentia bem na própria pele.
-Eu gostaria de salvar você, Lilbeth.
-Oi?
-Salvar você. Você precisa urgente de socorro, senão será consumida por si própria.
Lilbeth olhava para Arthur, sem entender o que o rapaz dizia. Ele dirigia atento à estrada, mas ainda mais atento a ela. A relação deles vivia entre os altos e baixos aos quais o emocional turbulento dela os conduzia.
-Do quê, Arthur?
-De você. Hoje estamos bem, amanhã não, e você insiste em procurar um sonho que não vai conseguir alcançar.